Nos mapas zodiacais que o astrofísico norte americano Neil deGrasse Tyson, compulsou em seu estudo, observa-se desenhada a grande estrela vermelha LHS 2520, mais fria e menor do que o nosso Sol amarelo, localizada na região sul da constelação de Corvus. Lá, encontra-se o planeta Krypton há exatos 27,1 anos-luz da Terra, composto de uma raça de anjos caídos, equiparada aos deuses olímpicos aprisionados no inferno grego. A ruína daquela civilização muito mais avançada que a nossa, começou em função do desenfreado cientificismo cego, muito acima dos conceitos morais, que proibia por exemplo a gravidez natural entre casais, destruindo famílias. Fomentado por esse materialismo histórico, acontece uma exploração desenfreada no núcleo central do orbe em busca de riquezas que a traça corrói, comprometendo-o de vez. Paralelamente, explode uma guerra nuclear orquestrada pelo líder revolucionário General Zod, seguido dos comparsas: Ursa/ Faora e Non/ Tor-An, que destrói a vida na superfície kryptoniana. Antes da total extinção da fauna e da flora, porém, os criminosos são condenados a vagar eternamente pela Zona Fantasma. Já, Kal-El, o último filho de Krypton nascido de parto natural depois de centenas de anos, consegue escapar numa nave com destino à Terra. Os pais Jor-El e Lara Lor-Van, enquanto encarnados, dividiam a túnica reluzente do conselho nacional com a resistente armadura guerreira, representada pelo esperançoso símbolo do infinito do peito, semelhante ao princípio universal da filosofia chinesa das duas energias opostas: yin e yang, ao invés do símbolo no peito de Zod que lembra a foice comunista. Felizmente a nave do pequeno exilado, por um desígnio divino, caiu na fazenda de bondosos camponeses do estado do Kansas, ao invés do Pentágono ou da União Soviética. Aos 30 anos, o filho de Jor-El, sob o alter ego Clark Kent começa a vida pública na capital, Metropolis. O Homem de Aço, onipotente, outrora isento de vícios como o dinheiro e a bebida, conhece a grande paixão da vida, Lois Lane, chave do seu equilíbrio emocional, capaz de renunciar a humanidade por ela. No entanto, a maior mente criminosa do planeta, Lex Luthor, provoca um terremoto justamente na Falha de San Andreas a fim de destruir a economia californiana, e, através da especulação imobiliária, lucrar a partir do caos, da fome e da pobreza incidental na região devastada. O Homem do Amanhã, conseguiu felizmente impedir a catástrofe, porém a repórter do Planeta Diário acabou morrendo soterrada. Revoltado, e fora de controle, o kryptoniano se transforma num Lorde da Injustiça e inicia uma ditadura totalitária na Admirável Metrópolis Nova, onde a imprensa é controlada e manipulada, e a população vigiada á ferro e fogo, sendo proibida de sair às ruas após as 20 horas. Enquanto isso, o tirano Darkseid, conquistador de mundos, descobre a equação anti-vida no nosso planeta, capaz de reiniciar o Universo a sua imagem e semelhança, tirando o livre arbítrio dos seres pensantes. A comparsa, Vovó Bondade tenta fazer uma lavagem cerebral no Superman, enquanto Darkseid dispersa a radiação nuclear de Chernobyl através do globo, a exemplo do seu reino infernal: Apokolips. O plano acaba despertando a consciência do Homem de Aço, que esclarecido, ataca Darkside com todas as suas forças, cegando-o com os próprios raios ômega do poderoso vilão imortal. Porém, a arma secreta de Luthor, um clone kryptoniano, apelidado pelo magnata de Apocalipse, surge abruptamente. A única alternativa para destruir a aberração, é perfurá-lo com a lança do destino de Longinus, forjada de Kryptonita, que também perfurou Jesus. Logo, Superman, com a ajuda da Liga da Justiça de Batman, Mulher-Maravilha, Flash, Cyborg e Aquaman, destrói o monstro gigante, mas acaba morto num sacrifício supremo, ascendendo aos céus até o interior do grande astro sublime, Rao.
Quem também enlouqueceu foi a Feiticeira Escarlate que criou uma dinastia utópica divertida, baseada no seu seriado de TV favorito dos anos 60: A Feiticeira. Uma realidade artificial onde todos a adoram, ao estilo de O Prisioneiro e o Show de Truman. Em WandaVision, Wanda encontrou a vida ideal ao lado do marido Visão e os dois filhos gêmeos. No feriado de Halloween, a heroína da Marvel que quase derrotou Thanos, pôde usar a fantasia original sessentista e o colante sexista dos anos 80 sonhado pelos fãs, sem ser descoberta. Uma experiência inigualável que só as séries de TV podem nos proporcionar.
As múltiplas dinastias da Feiticeira Escarlate e do Superman
por Rogério Candotti | blogdorogerinho.wordpress.com | rogerio@grupo1.com.br
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